São Paulo (28/07/2025) — Os secretários do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Guilherme Campos (Política Agrícola) e Luís Rua (Comércio e Relações Internacionais), participaram, nesta segunda-feira (28), de reunião no Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), para debater as ações do governo federal frente ao anúncio da nova tarifa de 50% sobre importações brasileiras, imposta pelos Estados Unidos. A medida, que deverá entrar em vigor na próxima sexta-feira (1º/8), pode gerar impactos significativos ao setor agroexportador.
Durante o encontro, os secretários apresentaram as principais medidas em andamento para mitigar os efeitos da medida norte-americana. Entre elas, destacam-se as estratégias de ampliação e diversificação dos mercados internacionais para produtos do agronegócio brasileiro, como carne, café e suco de laranja — setores que podem ser diretamente afetados pelas tarifas.
“Desde 2023, já abrimos 397 novos mercados para produtos brasileiros e conseguimos mais de 200 ampliações de mercados já existentes”, informou o secretário Luís Rua. Segundo ele, aproximadamente um terço das exportações do agro brasileiro é destinado aos Estados Unidos, sendo que setores específicos, como o agroindustrial paulista, possuem percentuais ainda mais significativos.
Rua afirmou que o Ministério tem atuado em duas frentes principais: negociações com o governo norte-americano e a diversificação de destinos comerciais. “Ouvindo o setor produtivo, temos reforçado essas duas abordagens. Sabemos das dificuldades na negociação, mas continuamos abertos a sugestões para o redirecionamento de rotas e para ações conjuntas com o setor”, ressaltou.
O secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos, apresentou na ocasião os detalhes do Plano Safra 2025/2026, que contará com um volume recorde de R$ 516,2 bilhões em crédito para a agropecuária empresarial. Ele chamou atenção para a alta da taxa Selic, que atualmente está em 15%, e os desafios que isso representa para o setor produtivo.
“Se houver crédito mais barato do que o que estamos oferecendo, aproveitem. Porque, neste momento, dificilmente haverá recursos com taxas melhores que as do Plano Safra”, afirmou Campos, enfatizando que o plano se consolida como o maior já lançado na história do país.
Os representantes do setor privado presentes aproveitaram a oportunidade para esclarecer dúvidas sobre o Plano Safra, o seguro rural e as medidas emergenciais que estão sendo planejadas para garantir a competitividade do agronegócio brasileiro frente ao cenário internacional.
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Categoria: Agricultura e Pecuária
Fotos: Ana Maio / SFA-SP
Publicado em 28/07/2025 às 17h47 | Atualizado às 17h48
