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Morre Décio Otero, referência da dança moderna no Brasil e parceiro artístico de Marly Motta
Publicado em 29/07/2025 14:33 • Atualizado 29/07/2025 14:36
Cultura/Arte
Itaú Cultural

Faleceu nesta segunda-feira, 29 de julho de 2025, aos 91 anos, o bailarino, coreógrafo e diretor Décio Otero, um dos nomes mais importantes da dança moderna no Brasil. Ao lado de sua companheira de vida e arte, Marly Motta, fundou e dirigiu o renomado Ballet Stagium, companhia que por décadas revolucionou o cenário da dança nacional ao levar espetáculos a palcos tradicionais e a comunidades periféricas com a mesma intensidade e compromisso cultural.

Nascido em Ubá, Minas Gerais, no dia 15 de Julho de 1933, Décio Otero iniciou sua carreira artística como bailarino nos anos 1950, época em que a dança clássica ainda dominava os palcos brasileiros. Com o passar dos anos, tornou-se um dos precursores da linguagem moderna e contemporânea da dança no país. Seu trabalho destacou-se não apenas pela qualidade técnica e estética, mas também pelo engajamento social e pela valorização das raízes culturais brasileiras.

Em 1971, fundou o Ballet Stagium ao lado de Marly Motta. Juntos, criaram espetáculos icônicos como Kuarup, Pantanal, Bossa Nova e Grito, entre muitos outros, sempre com uma proposta artística que dialogava com questões sociais, políticas e históricas do Brasil. Otero dirigiu, coreografou e atuou intensamente até os últimos anos de vida, sendo reconhecido com diversos prêmios e homenagens ao longo de sua trajetória.

Além dos palcos, Décio também se dedicou à formação de novos artistas, promovendo oficinas, workshops e projetos educacionais em diferentes regiões do Brasil. Sua visão de democratização da cultura e da arte o tornou um agente de transformação social, especialmente entre jovens de comunidades marginalizadas.

A morte de Décio Otero representa uma perda imensa para a cultura brasileira. Com sua sensibilidade artística, rigor técnico e espírito humanista, ele deixa um legado que ultrapassa as fronteiras da dança e ecoa na educação, na cidadania e na memória artística do país.

O velório e homenagens ao artista devem ser realizados em São Paulo, cidade onde viveu nas últimas décadas e onde se consolidou como mestre da dança moderna brasileira.


Fontes:
• Portal Metrópoles – www.metropoles.com
• Portal O Tempo – www.otempo.com.br
• Portal Itatiaia – www.itatiaia.com.br
• Museu da Dança / Portal MUD – www.portalmud.com.br
• São Paulo Companhia de Dança – www.spcd.com.br

 

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