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País teve uma pessoa da comunidade LGBT morta a cada 19 horas em 2017
Direitos Humanos/Cidadania
Publicado em 19/01/2018

Victor Ribeiro - 18/01/2018 - 22h32 - Brasilia-DF/Radioagência Nacional/Site EBC - A imagem da capa do site Multisom foi retirada de arquivos da internet

 

O Brasil atingiu, no ano passado, um triste recorde. A cada 19 horas, uma pessoa foi morta, exclusivamente por ser da comunidade LGBT, ou seja, lésbica, gay, bissexual, travesti e transexual. Ao todo, foram 445 mortes, de acordo com o levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia, divulgado nessa quinta-feira (18). 2017 foi o ano em que mais se matou LGBTs no Brasil, em 38 anos de pesquisa.

 

O número de vítimas de lesbofobia, homofobia e transfobia aumentou 30%, de 2016 para o ano passado. Na comparação com 2007, em dez anos, o número de mortes triplicou. Em mais da metade dos casos, os crimes ocorrem em vias públicas.

 

A pesquisa, realizada pelo Grupo Gay da Bahia, se baseia principalmente em informações veiculadas pelos meios de comunicação. O grupo avalia que o número de vítimas pode ser ainda maior, porque, muitas vezes, os casos não são noticiados.

 

Em números absolutos, o estado de São Paulo é onde mais se mata LGBTs, seguido de Minas Gerais e Bahia. Já em relação ao número total de habitantes, a região Norte é a mais perigosa, com 3,23 LGBTs mortos para cada 1 milhão de habitantes. Depois vêm o Centro-Oeste e o Nordeste.

 

Também nessa quinta-feira, a organização não governamental Human Rights Watch destacou que a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos recebeu 725 denúncias de violência, discriminação e outros abusos contra a população LGBT, somente no primeiro semestre do ano passado.

 

*Com informações de Jonas Valente, da Agência Brasil

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