Por que os gatos mordem?

O comportamento de morder em gatos é relativamente comum e pode ter múltiplas causas. Entre as principais estão:

1. Brincadeira exagerada – filhotes e jovens gatos muitas vezes não aprenderam a controlar a força da mordida. Como não têm irmãos de ninhada para corrigir, podem usar o dono como “alvo” de caça.

2. Excesso de energia – gatos que não têm estímulo suficiente (brincadeiras, arranhadores, enriquecimento ambiental) podem descarregar energia por meio de mordidas.

3. Medo ou estresse – em situações que o gato considera ameaçadoras (ruídos, visitas, manipulação excessiva), ele pode morder como defesa.

4. Dor ou problema de saúde – doenças dentárias, dor abdominal ou musculoesquelética podem deixar o animal mais irritadiço e reativo.

5. Comunicação – alguns gatos mordem levemente como forma de dizer “pare, já tive estímulo suficiente” durante carinho ou manuseio.

 O que fazer quando o gato morde?

✔️ Identificar a causa

• Observe em quais situações ele morde: durante a brincadeira? Ao ser acariciado? Quando é pego no colo? Isso ajuda a direcionar a correção.

✔️ Nunca punir fisicamente

• Bater, gritar ou borrifar água só aumenta o medo e o estresse, piorando o comportamento.

✔️ Redirecionar a energia

• Use brinquedos apropriados (varinhas, bolinhas, brinquedos interativos) para que ele morda o objeto, e não sua mão.

• Brincar diariamente ajuda a gastar energia acumulada.

✔️ Respeitar os limites

• Se o gato morde durante carinhos, aprenda a identificar os sinais de irritação: orelhas para trás, cauda batendo, corpo tenso. Pare o contato antes da mordida.

✔️ Enriquecimento ambiental

• Arranhadores, prateleiras, esconderijos e brinquedos de caça simulam estímulos naturais e reduzem comportamentos agressivos.

✔️ Avaliação veterinária

• Se o comportamento surge de forma repentina ou muito intensa, é essencial descartar dor ou doença. Problemas dentários são uma causa frequente de agressividade.

 Resumindo

A mordida em gatos é um comportamento natural, mas que pode ser controlado com observação, respeito aos limites do animal e estímulos adequados. A chave está em entender a causa, redirecionar a energia para brinquedos e, sempre que necessário, buscar apoio veterinário e até de um especialista em comportamento felino.

Redação: Geane Vidal Nicácio