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FIEMG divulga estudo de impactos econômicos do coronavírus
Economia
Publicado em 25/03/2020

Em 24/03/2020 às 18:24 - Matéria nos enviada por email

Por Graciele Ramos Vianna - (gvianna@fiemg.com.br)

A imagem da capa do site Multisom é meramente ilustrativa e foi retirada de arquivos da internet/Google

 

Entidade defende o funcionamento de setores fundamentais para a sociedadeAddThis Sharing Buttons

 

A pandemia do novo coronavírus tem causado interrupções na produção industrial no Brasil. Em razão disso, a FIEMG avalia os impactos que podem existir na economia. Estudo elaborado pela entidade aponta que Minas Gerais pode fechar o ano de 2020 com a perda de 2,02 milhões de empregos formais, considerando a paralisação quase total das atividades produtivas em um período 30 dias, devido à pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Já a projeção nacional mostra que 16,7 milhões de empregos formais tendem a ser perdidos em todo o país, considerando o mesmo período.

"O distanciamento social é uma medida eficaz para evitar a propagação do vírus, mas traz efeitos colaterais como a paralisação de diversas atividades econômicas, provocando de forma súbita choques de oferta e de demanda no Brasil e em Minas Gerais. Essa já é uma realidade, pois temos atividades econômicas sendo interrompidas. É preciso manter o funcionamento parcial de atividades que são fundamentais para a sociedade", explica o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe.

O estudo da FIEMG mostra os efeitos negativos no mercado de trabalho e no PIB de Minas Gerais e do Brasil. No cenário com duração de 30 dias de paralisação, a queda do PIB brasileiro pode alcançar 8,3% e o mineiro poderá ser de 10,2% em 2020.

Setores mineiros mais impactados

Nesta mesma hipótese, o setor de Serviços em Minas Gerais pode recuar em até 36,4%. A Indústria recuaria 17% e a Agropecuária 5,4%. As maiores demissões aconteceriam no setor de Serviços, com 1,02 milhão de demitidos, seguido pela Indústria geral, com 369,6 mil.

Os setores industriais como fabricação de máquinas e equipamentos elétricos, produção de ferro-gusa, siderurgia e tubos de aço, defensivos, desinfetantes, tintas e químicos, celulose, citando alguns exemplos, teriam uma queda da atividade superior a 20%.

"Por se tratar de uma crise sem precedentes, precisamos acompanhar as medidas tomadas no Brasil e no mundo e revisar as nossas projeções com frequência. Assim poderemos avaliar um cenário que contribua para o enfrentamento e mitigação dos impactos dessa crise", ressalta o líder industrial que ainda apresenta projeções mais conservadoras que podem trazer um impacto ainda mais preocupante. "Em um cenário mais extremo, com paralisação de 90 dias, a perda de postos de trabalho chegaria a 40 milhões no Brasil e 5 milhões em Minas Gerais", alerta Roscoe.

Os impactos do estudo da FIEMG foram medidos por meio de análises que consideram três cenários com uma paralisação de 30, 60 ou 90 dias. E ainda avalia duas estratégias de distanciamento social: a mitigação e a supressão. Na estratégia de mitigação, vigente no Brasil até o momento, impede-se o funcionamento daquelas atividades que requerem aglomerações. Já na supressão, forma extrema de estratégia de distanciamento social, todas as atividades são interrompidas, com exceção do funcionamento de hospitais e de alguns setores de primeira necessidade.

O estudo completo está disponível neste link.

Att.,

 

Graciele Vianna I Analista de Comunicação

FIEMG I Regional Zona da Mata I Juiz de Fora

Sistema FIEMG

gvianna@fiemg.com.br | www.fiemg.com.br

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