Ubá-MG: Informativo Epidemiológico
UBÁ EM PAUTA
Publicado em 27/11/2019
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Por Assessoria de Comunicação da PMU - Publicado em 27/11/2019 12:04 - Atualizado em 27/11/2019 12:08
A imagem da capa do site Multisom foi retirada de arquivos da internet/Gogle
A Prefeitura de Ubá, através da Secretaria Municipal da Saúde, com o objetivo de informar a toda população os dados atualizados em relação à situação epidemiológica do Município, divulga o Informativo Epidemiológico, na edição 27/2019, com os números relativos às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
A Vigilância Epidemiológica informa que até o momento, foram constatadas 840 notificações de casos prováveis de arboviroses sendo 723 de Dengue, 77 de Chikungunya e 40 casos de Zíka Vírus. Foram confirmados com exames laboratoriais 427 casos de Dengue e 19 de Chikungunya. Alguns se encontram aguardando retorno de exames laboratoriais e outros já foram descartados.
Destaca-se que os exames são realizados em laboratório de referência, na Fundação Ezequiel Dias - FUNED, em Belo Horizonte, conforme preconizado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG). Assim, o tempo de resposta das amostras encaminhadas para análise varia de acordo com a demanda da instituição.
Com a finalidade de auxiliar os profissionais da Saúde na realização das Notificações dos casos suspeitos de Dengue, Zika Vírus e Chikungunya, foram disponibilizadas as fichas de notificações e protocolos de atendimento para melhor condução dos trabalhos. CLIQUE AQUI para acessar os documentos.
A Seção de Controle de Zoonoses informa que na semana de 18 a 22 de Novembro, foram trabalhados os bairros: Sta. Bernadete, Paulino Fernandes, São Domingos, São Sebastião, Sta. Edwiges, Primavera, Fazendinha, Cohab, Pires da luz, Sta. Cruz, São João, Laurindo de Castro, são José, Schiavon, Vila casal, Palmeiras e Vila Gonçalves. Foram visitados 4.980 imóveis e 417 focos foram encontrados.
LIRAa
O primeiro LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti), do ano de 2019, realizado em Ubá de 7 a 11 de Janeiro, apontou 7,4%. O número é considerado indicador de “Alto Risco” de surto das doenças causadas pelo mosquito.
O segundo LIRAa, realizado nos dias 8 e 9 de Outubro, apresentou “Médio Risco” de infestação caindo para 2,8%.
Através deste levantamento, foi constatado que mais de 80% dos focos estão dentro dos imóveis, podendo facilmente ser evitados ou eliminados pelo próprio responsável. Os principais foram os reservatórios em nível do solo (tambores) 35,4% e depósitos móveis (bebedouros de animais, vasos, pratos etc) 25%, em seguida as caixas d’água que representaram 20,8% deles.
Ações de Combate ao Aedes
A Secretaria Municipal de Saúde destaca que realizou a contratação de novos Agentes de Combate às Endemias e as ações educativas e de mobilização da população foram intensificadas, incluindo uma Gincana Ambiental desempenhada em parceria com as Escolas das redes Municipal e Estadual, que recolheu mais de 49 toneladas de materiais que poderiam acumular água.
Para melhoria do serviço prestado, teve início no sábado, 26 de janeiro, um Mutirão de Limpeza com o fito de recolher nas comunidades materiais que possam se tornar criadouros do Aedes. Os locais com maior número de casos notificados serão priorizados. A ação acontece em parceria com a RECICLAU, ADUBAR e com as Secretarias: Secretaria Municipal do Ambiente e Mobilidade Urbana e Secretaria Municipal de Obras.
Dicas de Prevenção
Segue o alerta à população quanto à necessidade dos cuidados que evitam a proliferação do Aedes, como:
- Mantenha limpas e vedadas adequadamente as caixas de água e os demais reservatórios de água;
- A água sanitária também poder ser utilizada para eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti, na proporção de 2 ml de água sanitária por litro de água. Mas é importante lembrar que ela NÃO PODE ser utilizada em água para consumo humano e de animais. Assim, tambores de armazenamento (100 litros) de água não utilizada para consumo deve adicionar 1 copo americano (200 ml) de água sanitária. O tratamento deve ser repetido semanalmente, de preferência em dia fixo, de modo a garantir que a solução continue efetiva;
- Lave e escove as partes internas dos vasos sanitários em desuso e vede corretamente os ralos, fazendo uso de água sanitária e sabão em pó semanalmente nesses locais;
- Mantenha a casa limpa e sem água parada para evitar os possíveis criadouros: nada de manter pratinhos de plantas com água, garrafas pet ou qualquer objeto que facilite o acúmulo de água. Verifique as bandejas na parte de trás dos refrigeradores;
- Mantenha as calhas livres de entupimentos para evitar represamento de água nas mesmas;
- Mantenha limpos e escovados os bebedouros de animais domésticos. A água deve ser trocada diariamente;
- Mantenha piscinas devidamente tratadas;
- Dê um cuidado especial ao armazenamento e destinação do lixo. Jamais descarte qualquer outro material que possa acumular água no quintal de casa, no quintal de vizinhos, na rua ou em lotes vagos.
Essas ações são primordiais para se combater o vetor transmissor de doenças que matam. Para enfrentar o Aedes é preciso a união de toda sociedade. Realizar a vistoria nos domicílios e locais de trabalho é de extrema importância.
O trabalho de conscientização continua sendo realizado pelos Agentes Comunitários de Saúde em conjunto com os Agentes de Combate às Endemias. É importante reforçar que a população receba bem os Agentes e siga as orientações dadas por eles.
SARAMPO
O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. Cursa inicialmente com febre, exantema (manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo, com direção cabeça-membros), sintomas respiratórios e oculares. No quadro clínico clássico, as manifestações (além da presença de febre e exantema maculopapular) incluem tosse, rinorréia (rinite aguda), conjuntivite (olhos avermelhados), fotofobia (aversão à luz) e manchas de koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral).
A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções (ou aerossóis) presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo, a doença pode se manter em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes.
O comportamento endêmico - epidêmico do sarampo varia de um local para outro e depende basicamente da relação entre o grau de imunidade e a suscetibilidade da população, bem como da circulação do vírus na área.
A principal forma de prevenção contra o sarampo é a VACINA TRÍPLICE VIRAL, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. Essa vacina está disponível no Calendário Nacional de Vacinação, conforme abaixo:
VACINAÇÃO DE ROTINA:
· Aos 12 meses de idade, a criança deverá receber a primeira dose da vacina tríplice viral.
· Aos 15 meses de idade, a criança deverá receber a segunda dose com a vacina tetraviral (contra o sarampo, a rubéola, a caxumba e a catapora/varicela) ou a vacina tríplice viral e a de varicela monovalente.
· De 02 a 29 anos, caso não tenha nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, deverá receber duas doses com intervalo de no mínimo 30 dias da primeira dose. Gestantes com até 29 anos, caso não tenham nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, deverão receber NO PÓS-PARTO duas doses com intervalo de no mínimo 30 dias da primeira dose.
· De 30 a 49 anos, caso não tenha nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, deverá receber apenas uma dose. Gestantes de 30 a 49 anos, caso não tenham nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, deverão receber NO PÓS-PARTO uma dose da vacina.
· Profissionais de saúde Profissionais de transporte (taxistas, motoristas de aplicativos, motoristas de vans e ônibus), profissionais do turismo (funcionários de hotéis, agentes, guias e outros), população privada de liberdade, viajantes e profissionais do sexo devem manter o cartão de vacinação atualizado conforme os esquemas vacinais de acordo com a faixa etária,(médicos, enfermeiros, dentistas e outros), independente da idade, devem ter duas doses válidas da vacina tríplice viral documentadas.
Assim, recomenda-se no planejamento de qualquer viagem, com particular atenção aos estados ou países onde há circulação do sarampo, o viajante suscetível deve receber a vacina tríplice viral 15 dias antes da viagem, para sua completa proteção e de seus familiares. A Caderneta de Vacinação é o documento de registro de sua situação vacinal e deve ser guardado junto com os demais documentos pessoais com mesmo zelo dados aos demais.
Durante a viagem, reforçar as medidas de higiene pessoal e do ambiente:
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- Lavar as mãos com frequência com água e sabão, ou então utilizar álcool em gel;
- Não compartilhar copos, talheres e alimentos;
- Procurar não levar as mãos aos olhos ou à boca;
- Sempre que possível evitar aglomerações ou locais pouco arejados;
- Manter os ambientes frequentados, sempre limpos e ventilados;
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
No retorno recente de viagem, o viajante deve ficar atento: Se apresentar febre, manchas avermelhadas pelo corpo, acompanhadas de tosse ou coriza ou conjuntivite, até 30 dias após seu regresso, estes podem ser sintomas de sarampo.
Recomenda-se que procure imediatamente um serviço de saúde, informe seu itinerário de viagem, permaneça em isolamento social e evite circular em locais públicos.
No Município de Ubá estão sendo desenvolvidas ações como:
Intensificação da vacina tríplice Viral em todas as Unidades;
Verificação de cartão de vacina em escolas e fábricas para atualização no Programa Nacional de Imunização - SI-PNI WEB;
Bloqueio Vacinal Seletivo para todos os casos suspeitos.