https://public-rf-upload.minhawebradio.net/2293/slider/c36203b4558d5e93399315711f3ac3d3.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/2293/slider/26ad67dc9326daae997841b07e754a86.jpg
Zero açúcar para crianças até 2 anos
Saúde
Publicado em 13/11/2019

Por Portal do Governo Brasileiro/Ministério da Sáude

Publicado: Quarta, 13 de Novembro de 2019, 15h06 - Última atualização em Quarta, 13 de Novembro de 2019, 15h13

A imagem da capa do site Multisomfoi retirada de arquivos da internet/Google

 

 

IFrame

Publicação do Ministério da Saúde é baseada nas principais dúvidas de mães, pais e famílias e recomenda a não utilização de açúcar e alimentos ultraprocessados

Itens relacionados

Para reforçar o compromisso do Ministério da Saúde no desenvolvimento de ações que garantam saúde e nutrição para os brasileirinhos, desde os primeiros anos de vida, o Ministério da Saúde lançou, nesta quarta-feira (13), no Rio de Janeiro, o novo Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos. A publicação traz entre as atualizações a recomendação de zero açúcar e não ao consumo de alimentos ultraprocessados para crianças menores de dois anos.

Para o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o Guia Alimentar tem apontado o caminho correto do alimento saudável, fruta e verdura, assim como tem apontado que o ultraprocessado deve ser gradualmente retirado de qualquer cardápio de crianças do nosso BrasiL. “Esse é um trabalho construído por inúmeras mãos em prol da saúde das crianças brasileiras. O guia não só aponta o caminho a ser seguido, como mostra o que devemos mudar na alimentação infantil”, reforçou o ministro Mandetta.

Entre as novidades desta edição estão também as recomendações de consumo com base no nível de processamento do alimento e não com foco apenas em nutrientes; dicas de culinária, inclusive para vegetarianos; direitos relacionados à alimentação infantil; e a alimentação como um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto. O Guia soma com a Campanha de Prevenção de Controle e Obesidade Infantil divulgada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Desde os primeiros anos de vida, as crianças estão consumindo pouca variedade de alimentos saudáveis e estão sendo expostas muito cedo a alimentos ultraprocessados (biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, bebidas açucaradas e outros ricos em açúcar, sódio e gordura) que podem prejudicar a saúde e causar doenças crônicas como diabetes, hipertensão, colesterol alto e até doenças cardíacas. Como a alimentação tem papel fundamental em todas as etapas da vida, especialmente nos primeiros anos, que são decisivos para o crescimento e desenvolvimento, para a formação de hábitos e para a manutenção da saúde, o Guia agora está direcionada para pais, responsáveis e educadores, além dos profissionais de saúde.

O Guia também pode apoiar profissionais de saúde, educação e assistência social que cuidam de crianças em seus locais de trabalho, como Unidades de Saúde da Família (USF), hospitais, creches, entidades assistenciais e todo e qualquer espaço comprometido com a promoção de uma alimentação adequada e saudável para crianças. É um importante apoio à família no cuidado cotidiano de crianças e para os profissionais de saúde e de outros setores no desenvolvimento de ações de educação alimentar e nutricional, em âmbito individual e coletivo.

A nova versão tem linguagem mais acessível e menos teórica. A produção do conteúdo contou com a participação de vários pesquisadores, que utilizaram uma forma dinâmica e inovadora, incluindo oficinas de escuta e chamadas públicas. Por isso, as informações valem para qualquer pessoa que participe do cuidado com a criança, seja a mãe, o pai, parceiras e/ou parceiros de mães e pais, avós, avôs, homens e mulheres com ou sem relação de parentesco, que morem ou não na mesma casa da criança. A publicação estará disponível em versão digital para toda a população. Para baixar o material, basta acessar um código que pode ser escaneado pelo celular (QR Code).

AMAMENTAÇÃO EXCLUSIVA ATÉ OS SEIS MESES

Amamentação é um dos tópicos abordados pelo novo Guia. Apesar da amamentação ter aumentado no Brasil, a duração ainda é menor do que a recomendada. Duas em cada três crianças menores de seis meses já recebem outro tipo de leite, sobretudo leite de vaca, frequentemente acrescido de alguma farinha e açúcar, e somente uma em cada três crianças continua recebendo leite materno até os dois anos de idade.

O desmame precoce e a alimentação de baixa qualidade e pouco variada ocasionam diferentes formas de má nutrição (como o excesso de peso e obesidade), prejudicando o desenvolvimento infantil.

O novo Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos destaca 12 passos para uma alimentação saudável

12 PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL – NOVA VERSÃO 2019

Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses.
Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados, além do leite materno, a partir dos 6 meses.
Oferecer água própria para o consumo à criança em vez de sucos, refrigerantes e outras bebida açucaradas.
Oferecer a comida amassada quando a criança começar a comer outros alimentos além do leite materno.
Não oferecer açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar à criança até 2 anos de idade.
Não oferecer alimentos ultraprocessados para a criança.
Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família.
Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto junto da família.
Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a refeição.
Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família.
Oferecer à criança alimentação adequada e saudável também fora de casa.
Proteger a criança da publicidade de alimentos.

A primeira versão do Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos foi publicada em 2002 e revisada em 2010. Esta nova edição (2019) atualiza as recomendações de acordo com novas evidências científicas disponíveis e alinha as orientações com o Guia Alimentar para População Brasileira no intuito de induzir políticas públicas para promover, apoiar e incentivar o aleitamento materno e a alimentação complementar.

Por Christiana Suppa, da Agência Saúde

Comentários
Comentário enviado com sucesso!