O presidente Michel Temer assinou na noite de quinta-feira (28) o projeto de lei que prevê reajuste salarial para os delegados federais do país.
A categoria ameaçava convocar uma greve geral a partir da semana que vem caso o Planalto não enviasse ao Congresso a proposta de aumento.
Segundo os delegados, o projeto recompõe as perdas salariais diante da inflação do período de janeiro de 2012 a abril de 2016.
O acordo fora firmado em maio, mas até agora o governo não havia dado encaminhamento. Nesse meio tempo, outros servidores tiveram reajuste.
Diante da demora, a ADPF, associação dos delegados federais, anunciou que a categoria entrara em “estado indicativo de greve”. Para pressionar o Planalto, duas manifestações foram convocadas. Uma para esta sexta-feira (29) em todos os Estados e outra na terça-feira (2) nos principais aeroportos do país.
ACORDO
Pelo acordo firmado com o Ministério do Planejamento, os delegados de Polícia Federal receberão reajuste de cerca de cerca de 35% a 40% a depender da classificação do servidor.
O documento previa que o salário de um delegado da categoria especial passaria de R$ 22.805,00 para R$ 30.936,91. Já a remuneração de um que está na base hierárquica da corporação saltaria de R$ 16.830,85 para R$ 23.692,74.
O aumento, contudo, seria fatiado em três parcelas: uma parte paga em janeiro de 2017, outra em janeiro de 2018 e outra somente em janeiro de 2019. Os aposentados também terão direito ao mesmo reajuste.
Para o presidente da ADPF, Carlos Sobral, o ato do presidente interino representa um avanço, mas ainda “há muito a fazer”.
“O cumprimento do acordo pelo governo demonstra que a Polícia Federal terá um novo tratamento a partir de agora”, afirmou à coluna.
Uol/Folha de São Paulo/Painel/ Site Flipboard - 28/07/2016 - 21h11
A coluna Painel é publicada diariamente em 'Poder'