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Chegada do irmão: como lidar com a mudança da rotina do filho mais velho
Atualidades
Publicado em 23/06/2016

Trocar a fralda, dar banho, amamentar, colocar para arrotar... Nenhum desses itens é novidade para os pais de segunda viagem, afinal, eles já passaram por isso! O desafio, entretanto, continua, mas agora é outro: como deixar o primogênito o mais confortável possível com a chegada do bebê? “Será que ele vai deixar de dormir a noite inteira? Será que vai regredir em algum ponto? Será que conseguiremos não alterar a rotina? E o amor, conseguiremos dividir?” Estas são apenas algumas das perguntas que passam pela cabeça dos pais que vivenciam a segunda gestação.

Para a neuropsicóloga Deborah Moss, mestre em psicologia do desenvolvimento e consultora de sono, esse sentimento é normal, mas os pais devem ter cuidado para não passar os seus medos e inseguranças para a criança.

Por isso, algumas medidas são fundamentais nesse processo. Vale intensificar a atenção ao mais velho, entre as sonecas do bebê, por exemplo, e também delegar alguns cuidados com o mais novo, quando não estiver amamentando, claro!, para ficar com o primogênito. Se havia um costume de passear no parque ou andar de bicicleta aos fins de semana, vale manter essas atividades, ainda que os pais tenham de se revezar no começo, enquanto o menor não puder sair de casa. “Buscar estar presente nos horários importantes do filho mais velho, como lição, chegada da escola, refeição, também ajuda a criança a não sentir tanto a mudança da chegada do irmão”, diz a psicóloga infantil Daniella Freixo de Faria, autora do livro Conversa com Criança.

No caso em que os irmãos dividem o quarto, no início, até que o bebê consiga dormir a maior parte da noite, é melhor deixá-lo no quarto dos pais. Isso porque, sem dormir, o mais velho pode apresentar alterações no comportamento devido à privação de sono, ficando irritado, mal-humorado ou desatento.

Durante a gravidez

Não se esqueça, no entanto, que os cuidados com o filho mais velho, no que diz respeito à chegada do bebê, devem começar ainda durante a gestação. Deixar a criança participar da escolha do nome, acompanhar algum ultrassom e ser um dos primeiros a pegar o irmão no colo, após o nascimento, são atitudes que facilitam a conexão entre os irmãos.

Outro ponto importante é que grandes mudanças na rotina, como troca de babá, desfralde, aumento de tempo na escola, entre outros, fiquem longe da chegada do segundo filho, bem antes ou bem depois, para que a criança não associe com a chegada do bebê. “O caçula, até então, compreendeu o amor como a atenção que recebe. Portanto, quando os pais não podem mais estar com ele o tempo todo, pois têm as demandas do menor, o primogênito não sente ciúme do caçula, e sim insegurança do amor de seus pais. Por isso, essas alterações no dia a dia devem acontecer com muita antecedência, por exemplo", aconselha Daniella.

Mas prepare-se! Mesmo que você tenha toda a delicadeza do mundo para lidar com essa situação, birras, regressão para uma fase mais infantil e até choro sem motivo são comuns com o nascimento do outro filho. A boa notícia é que esses comportamentos, contudo, costumam desaparecer em algumas semanas, e só devem representar preocupação se perseverarem, piorarem ou estiverem causando algum sofrimento. Nesses, casos, aconselha Deborah, os pais devem procurar ajuda.

 

Da redação de Crescer/Site Flipboard - 22 de jun de 2016

 

 

 

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