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Conselho Monetário mantém juros de financiamentos do BNDES em 7% ao ano
Economia
Publicado em 29/09/2017
Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - 28/09/2017 - 18h16 - Brasilia-DF/Site EBC

As empresas que contraírem empréstimos e financiamentos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) continuarão a pagar juros de 7% ao ano até o fim de 2017. O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu não alterar a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para o próximo trimestre.

A cada três meses, o CMN fixa a taxa para o trimestre seguinte. O órgão é formado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e pelo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.

A TJLP tinha aumentado para 5,5% ao ano em janeiro de 2015, 6% em abril do mesmo ano, 6,5% em julho, 7% em outubro e 7,5% em janeiro de 2016, sendo mantida nesse nível até março deste ano. Em abril, foi reduzida para 7% ao ano, sendo mantida nesse nível no trimestre de julho a setembro. A manutenção dos juros diminui as pressões sobre o Tesouro Nacional, que cobre a diferença entre a taxa subsidiada dos financiamentos do BNDES e os juros de mercado.

Criada em 1994, a TJLP é definida como o custo básico dos financiamentos concedidos ao setor produtivo pelo BNDES. Em janeiro de 2013, a taxa tinha sido reduzida para o menor nível da história, em 5% ao ano, como medida de estímulo à economia.

De acordo com o Ministério da Fazenda, o valor da TJLP leva em conta dois fatores: o centro da meta de inflação, atualmente em 4,5%, mais o Risco Brasil, indicador que mede a diferença entre os juros dos títulos brasileiros no exterior e os papéis do Tesouro norte-americano, considerados o investimento mais seguro do mundo.

Nova taxa

A partir do próximo ano, os novos financiamentos do BNDES deixarão de ser regidos pela TJLP e serão corrigidos pela Taxa de Longo Prazo (TLP). Em vez de ser fixada a cada trimestre pelo CMN, a TLP será calculada conforme a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais os rendimentos da NTN-B, título do Tesouro Nacional atrelado ao IPCA.

Edição: Luana Lourenço
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