O governo quer ampliar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Isso significa que trabalhadores da classe média, especialmente os que recebem entre R$ 4 mil e R$ 5 mil, terão um alívio no bolso — chegando a economizar mais de R$ 4 mil por ano (quase um salário extra).
Quem ganha menos de R$ 3 mil já não paga imposto, então essa mudança não afeta os mais pobres. Acima de R$ 7,3 mil, não há alteração. Na prática, a medida beneficia a classe média e não reduz a desigualdade como muitos imaginam.
O desafio é que, se mais gente fica isenta, o governo arrecada menos. Para compensar, a ideia é cobrar mais dos super-ricos, taxando dividendos (parte dos lucros distribuídos por empresas). Só que a alíquota proposta é baixa (10%), bem menor que a média internacional (20%–25%), o que gera dúvidas sobre se haverá dinheiro suficiente para equilibrar as contas.
O que precisa para a medida entrar em vigor em 2026
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Aprovação no Congresso – O projeto precisa passar pela Câmara e pelo Senado.
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Sanção presidencial – Depois de aprovado, o presidente precisa assinar a lei.
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Publicação oficial – A lei deve ser publicada no Diário Oficial.
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Noventena – Pela Constituição, leis tributárias só valem 90 dias após a publicação.
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Prazo limite – Para começar a valer em janeiro de 2026, a lei precisa ser aprovada até 30 de setembro de 2025.
Em resumo: a mudança vai aliviar o bolso da classe média, mas não atinge os mais pobres. Para que comece a valer em 2026, o Congresso precisa aprovar a proposta até setembro, o presidente deve sancionar, e o texto respeitar o prazo de 90 dias previsto em lei.
Edição: Geane Nicácio
Fontes:
Câmara dos Deputados
Senado Federal
Agência Brasil / Agência Gov
g1 (Globo)