A hipótese dos tucanos romperem com o governo sempre foi uma conversa fiada. Esticaram a corda para evitar que, em algum acidente de percurso, ela se arrebentasse.
Sempre souberam que jogar Michel Temer ao mar afogava antes Aécio Neves.
É aí que mora o perigo para o ninho inteiro.
Aécio não é apenas o político simpático, bem articulado, bom de voto, que quase se elegeu presidente da República.
Nas delações da Odebrecht, de outros grandes empreiteiros, e dos donos da Friboi, Aécio é descrito com apetite voraz por dinheiro. Muito dinheiro.
Como quem parte e reparte, deve ter ficado com alguma parte.
Mas, em um raro consenso entre políticos e investigadores, Aécio é identificado como um grande arrecadador para campanhas de aliados em Minas Gerais e no país afora. Nas mais variadas eleições.
Em todos os caixas: 1, 2, 3….
Acuado, ele agora está cobrando a conta. Quem, na reunião em que o PSDB bateu o martelo do “fico” no governo Temer, poderia atirar alguma pedra?
Os tucanos tentaram jogá-la com a mão alheia da Justiça Eleitoral.
Não deu certo.
Simples assim.