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Mulheres receberam 80% do salário dos homens em 2014, mostra IBGE
17/06/2016 14:06 em Economia

Em 2014, as mulheres receberam 80% do salário dos homens, segundo o Cadastro Central de Empresas (Cempre) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Elas receberam, em média, R$ 2.016,63 mensais no ano, enquanto eles recebiam R$ 2.512,07, apontou a pesquisa.

Em 2013, elas recebiam 79,5% do salário dos homens. As remunerações médias mensais cresceram 1,8%. Sendo que os salários das mulheres aumentaram 2,3% e dos homens, 1,7%, em comparação com o ano anterior.

 “Por outro lado, os salários médios do pessoal ocupado assalariado sem nível superior tiveram aumento de 1,2%, ao passo que os salários do pessoal com nível superior registraram queda de 0,5%”, apontou o levantamento.

Em média, o pessoal ocupado assalariado com nível superior recebeu R$ 4.995,08 enquanto os trabalhadores em nível superior receberam R$ 1.639,04. “Ou seja, uma diferença de 204,8%”, ressaltou o estudo.

5,1 milhões de empresas
O levantamento mostrou ainda que em 2014 o Cempre reunia 5,1 milhões empresas e outras organizações formais ativas. Este número representa uma queda de 5,4% em relação a 2013, ou 288,9 mil empresas a menos. De acordo com o IBGE, esta foi a primeira queda no número de empresas e outras organizações de toda a série histórica da pesquisa iniciada em 2007.

Pessoal ocupado e salários
O total do pessoal ocupado mostrou crescimento, no entanto, 0,2%, ou 97,5 mil pessoas. Já o pessoal ocupado assalariado subiu 0,8%, 381,3 mil. Já o número de sócios e proprietários de empresas caiu 3,9% (283,8 mil).

O total de salários e outras remunerações mostrou crescimento de 4,5% e chegou a R$ 1,5 trilhão. O salário médio mensal aumento 1,8% em termos reais, apontou a pesquisa, e chegou a R$ 2.301,82. Em 2013, o aumento havia sido de 3,7%. De 2009 até 2014, o salário médio mensal cresceu 16,3%, segundo o IBGE.

Em todas as variáveis analisadas, o ano de 2014 apresentou as menores variações anuais da série iniciada em 2007, informou o instituto. "Para analisar a evolução dos indicadores do Cempre, considerou-se 2008 como o ano inicial em razão de um melhor ajuste na Classificação de Atividades Econômicas (CNAE) naquele ano", ressaltou o IBGE, em nota.

Menores salários
De acordo com a análise, os menores salários mensais foram pagos por alojamento e alimentação, R$ 1.133,10, atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.409,43) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, R$ 1.498,91. Juntas, estas atividades absorveram 32,6% do pessoal ocupado assalariado.

A pesquisa mostrou que, em 2014, o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, pelo quinto ano seguido, foi a atividade que concentrou o maior número de pessoas ocupadas com salários, 9,3 milhões, ou 19,3%.

A atividade também se destacou com a maior participação no número de empresas e outras organizações, informou o IBGE. Foram 2 milhões de empresas ou 40,1% do total; e no total do pessoal ocupado, 21,9% ou 12,1 milhões.

Em salários, no entanto, foi a administração pública, defesa e seguridade social que apresentou a maior participação com R$ 338,2 milhões ou 23%. O setor também mostrou a maior proporção de assalariados com nível superior, 43,9%. Contudo, o IBGE ressaltou que as pessoas sem nível superior predominaram em todas as categorias, com 87,9% empresas e 71,2% nas entidades sem fins lucrativos.

Sobe número de mulheres no mercado
A pesquisa mostrou ainda que, em relação a 2013, o pessoal ocupado assalariado cresceu 0,8%. No entanto, houve recuo no número de homens de 0,1% e um crescimento de 2% no número de mulheres. Analisando o pessoal ocupado em 2014, porém, o Cempre mostrou que 56,5% eram homens e 43,5% eram mulheres.

Do total de ocupados, 80,4% não tinham nível superior e 19,6% possuíam. A pesquisa mostrou ainda que o pessoal ocupado assalariado com nível superior cresceu 6,9%, enquanto sem esse grau de escolaridade, recuou 0,6%.

Por regiões
A região Sudeste concentrava em 2014 51,6%, ou 2,9 milhões, das unidades locais com 50,5% do pessoal ocupado, ou 27,9 milhões, 50,2% do pessoal assalariado (24,2 milhões) e 54,4% dos salários e outras remunerações (R$ 799,8 milhões).

 

Cristiane Caoli - Do G1, no Rio - 17/06/2016 10h00 - Atualizado em 17/06/2016 12h33

 

 

 

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